O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que atua no combate à lavagem de dinheiro, encontrou movimentações financeiras “atípicas” envolvendo a Igreja Universal, segundo denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público do estado de São Paulo.
Na segunda (10), a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e outras nove pessoas por suposta formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A denúncia foi apresentada pelo MP em 5 de agosto.
Os promotores do caso indicaram “movimentações atípicas” entre março de 2001 e março de 2008, de acordo com relatório do Coaf mencionado pelos procuradores na denúncia.
“Ainda segundo o relatório, os débitos dessas movimentações se deram principalmente por pagamentos de despesas a empresas prestadoras de serviços controladas pelo quadrilha; dentre elas, as empresas Cremo Empreendimentos S/A e Unimetro Empreendimentos S/A, comandadas por Edir Macedo”, veja mais aqui
Segundo o Ministério Público, para adquirir empresas de comunicação e outros bens, o grupo usava dinheiro doado por fiéis da Igreja Universal. O dinheiro, de acordo com o MP, era enviado ao exterior e voltava ao Brasil por meio de empresas de fachada. Segundo o artigo 150 da Constituição, “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios” instituir impostos sobre “templos de qualquer culto”.